Desatinos...

Este é o meu terceiro lar, meu refúgio... Onde juntoletras e tento traduzir sentimentos. É um lugar de saudade, pois sempre falo com uma certa dose de nostalgia, na verdade sou um pouco antiquada com ares de pós-moderna...

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ao amor absoluto

Seis anos é muito tempo???
Prefiro acreditar que nunca é o bastante.

Ontem dia 27, há exatos seis anos, eu conheceria o homem que me tomaria o pensamento, as emoções e se tornaria o amor absoluto. O primeiro ano foi de encantamento, de descobertas, uma paixão que foi sendo construída de forma intensa, permeada de saudade e uma vontade que só ia crescendo, ignorando a distância e todos as opiniões de que isso não daria certo.

Passamos por tantas coisas difíceis... superamos crises e continuamos juntos. E fica aquela frase, “Apesar de...”. Sobretudo, apesar de todos dizerem o contrário.

No dia 27 de dezembro de 2003, lembro de me arrumar para ir trabalhar num show, eu não fazia ideia que lá eu o conheceria. Aí é que está o Q … De uma hora para outra a vida pode dar um salto incrível, e geralmente ocorre quando a pessoa menos espera.

E o que eu espero mais da vida? Muito, ora! Sempre mais...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ao meu redor e aqui dentro

Zoada ao meu redor. Um incômodo que não tenho como escapar. É a roupa que aperta, o rádio ligado numa estação comercial, ventilador que gira e me deixa com hiato de vento e calor, os minutos que passam muito devagar... Os dedos que doem, a falta de paciência com pequenas coisas... novamente a calça que aperta, esse vento que leva meu cabelo pro rosto, música de Leonardo na rádio...Arghh, queria sair daqui.

[Pausa]

A manhã passou e a tarde chegou com chuva. Ficou abafado, mas trouxe o vento com cheiro de chuva [tão bom]. Recebi uma ligação internacional. Depois recebi um e-mail... Os ouvidos lá de longe acharam minha voz seca. Ora pois, não há emoção que resista à contagem de segundos tarifados. Minha preocupação era que a ligação não lhe fosse onerosa. Não explorar é uma forma de amar, sabia?!
Depois pensei nessa sequidão que ele disse sentir. Na verdade a ausência esfria sim. Acho que a distância virtual é ainda mais devastadora. tomaraqueacabelogo.


Depois eu falo de outras coisas.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Simples assim...

...Ela chega sem avisar e não vai embora quando a gente quer.
Tristeza sem motivo... Quem pode entender?
O que sei é que ela me faz sentir um pouco oca. É como se dentro de mim a estação sempre fosse inverno, desses invernos europeus, em que as árvores ficam sem folhas e as planícies ficam repletas de neve.
É uma estação fria, branca e também bonita, pelo menos eu acho...

De uma hora para outra faz-se inverno dentro de mim.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

E-mails superficiais, sem detalhes, apressados e evasivos.
É você lá de longe, dizendo qualquer coisa muito importante, repetindo coisas muito importantes. [...]
O que eu queria eram os detalhes, as impressões, os pensamentos bobos.

É que saudade cheia precisa ecoar, senão sufoca...
E eu me sinto sufocada.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Muito além de 140 caracteres

Quando soube de sua existência não criei muita vontade em conhecer. Mas curiosa que sou, logo mudei de ideia. Ultimamente tenho usado o Twitter com mais frequência. Ainda não sei, e nem faço questão de aprender, todos os códigos e ferramentas dessa nova tecnologia que está puxando o tapete do Orkut. Eu só entro no orkut para ver os aniversariantes e pegar um atalho para baixar downloads.

Sobre a minha (twit)ignorância: tem pessoas que postam fotos num local que parece um fotolog do Twitter. Não faço a mínima ideia de como funciona... aprendi recentemente como mudar o plano de fundo da tela e o meu é lindo, uma imagem bacana de Os gêmeos – para valorizar o talento nacional.

Um lance que tem lá é o RT@ que significa que alguém achou o que você escreveu interessante. Às vezes eu acho que as pessoas buscam só RT@ no Twitter. É pura vaidade.

Tem muita baixaria por lá, intrigas e tal. Parece que as pessoas estão no ginasial e lutam para saber quem é mais popular... Nessa história, muitas se revelam. Gente, que diacho importa o que a pessoa comeu no almoço e que roupa está usando? Pra quê tanta exposição? Ridículo...É auto-promoção demais.

Chega a ser patético: vejo pessoas se apropriando de frases de pensadores sem citar a autoria. Subestimam a inteligência e conhecimento dos seguidores. Pôxa, citar Arte da Guerra ou o Pequeno Príncipe sem o determinado crédito me parece um pseudo-suicídio. Que burrice!

O lado bom: admiro o poder de síntese de algumas pessoas. Dizer algo interessante em 140 caracteres é fantástico. A informação é rápida demais. Realmente existe coisa boa no twitter, sem falar que seguir ou não seguir é escolha de cada um.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Febril

-Tia, você está quente como sopa!

Foi desse jeito que a pequena Manú notou minha febre e logo retornou com um tylenol e um copo d´agua. Ela só tem 6 anos... tão carinhosa e zeloza, minha Manú.

Ainda sinto a palma da mão esquentar, o corpo doído, estômago zuado, ãnsia de vômito, dor de cabeça, nariz entupido e espirros, muitos espirros.

Perdoem se não saio da sala antes do espirro, ele é sempre mais rápido do que qualquer intenção de ser educada. E assim, sem educação meus vírus vão se espalhando.

Estou aqui, em frente a tela desse computador tentando trabalhar. Meu hálito está quente, meu olho direito chora sozinho devido a luz do monitor.

Tudo que eu queria era minha cama.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Novas descobertas

Tenho olhado as pessoas, lugares e objetos como se tivesse pouco tempo ao lado deles. Não se trata de pensamento mórbido ou impressão ruim... Não é nada disso.

Dessa forma eu vejo melhor suas nuances, aproveito mais a companhia do outro. Escuto mais, contemplo, troco ideias e as vezes até mudo de opinião.

Se a gente olhasse para o que temos com a sensação de que aquilo pode se transformar no momento seguinte, ou até mesmo ser perdido, certamente aproveitaríamos mais.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Outubro está acabando e eu só queria que passasse mais depressa...
Queria dormir e acordar logo em novembro.

Grandes perdas. Mortes, dores alheias, doenças...
Outubro rançoso.
Passa logo e encerra esse ciclo de coisas ruins.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Apego

Desde ontem, quando dormir se tornou algo solitário, minha vida parece ‘mais pequena’ [sei que deveria escrever menor, mas é que está tudo assim, errado mesmo].
Acho que descompassei minhas últimas palavras direcionadas a ele, não me fiz entendida, não soube explicar meu desassossego... Acontece. Vomitei palavras (mal)ditas, sinceras e confusas.
Não foi minha intenção magoar.
Sinto que rompi algo que não sei se tem volta, sei lá... É estranho sentir tristeza nas palavras, lembrar do último abraço que pareceu uma despedida precoce... Sabe, eu sinto um gosto de choro sufocado.
...
Hoje eu estou acelerada, fazendo mil coisas para não lembrar.
Voltando à rotina, cumprimentando pessoas, traçando projetos e metas, atendendo telefone, reunindo documentos, dirigindo meu carro por novos caminhos... Um gerúndio de verbos ativos e apressados.
...
Mas não tem jeito, o pensamento volta com força.
E isso tudo que faço não preenche a sua falta. Sua gigante, intensa e agonizante falta. É sempre mais difícil no começo.
O apego aperta minha garganta, me desconcentra e amiúda meu coração.
O apego não vai embora, ainda é recente...
O apego quer o calor do abraço, a proteção da companhia, os beijos noturnos, o acordar sonolento, o amor faminto...
...

O apego, ele cala minhas palavras!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Monsenhor Américo - todo cérebro e coração

Ele é todo cérebro e coração. Está morrendo de forma digna, da maneira como viveu e por mais que eu não imagine esse mundo sem ele, tenho que admirar até a forma desse fim.
O coração e o cérebro não param. Neurônios e pulsações ativas – cérebro e coração. O corpo padece, a aparência não é a mesma, debilitado, imunidade baixa, a doença que não dá trégua. Foi o câncer, um ácido corrosivo que está tirando ele de nós. É o câncer que deixa sua voz, cheia de vigor, tão fraca... Essa mesma voz que ainda revela tanta força.
O coração, gigante, iluminado pela fé, pela gentileza, humildade, bondade e amor... Seu imenso coração que pulsa e não quer parar. Seu cérebro que continua raciocinando, de onde tirastes tantas idéias, projetos, vida em palavras e ações, idéias inovadoras até... Conjunto de cérebro e coração que se apresentam em sua fala mansa e forte, no sorriso sincero...
Sim, mais uma vez repito, é cérebro e coração.

Estou muito, muito afetada com os outros órgãos que estão parando. Esperava e ainda tenho fé de estar ao seu lado em outra Festa de Santa Luzia, porque eu simplesmente não imagino essa festa sem o senhor.

Passei a querer casar casar na igreja com o senhor celebrando. Agora, esse sonho também está morrendo. Desculpe ser tão afetada. Desculpe os outros padres, eu realmente só sonhava com ele celebrando. Outro, não serve!


Estou triste.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Momentos mais felizes

Sempre alimentei com palavras os sentimentos...
Era uma forma de deixá-los livres e colocar pra fora coisas que me incomodavam.

Já faz um tempo que tenho perdido esse hábito de descrever o sentir. Hoje, vejo que as palavras mais famintas eram as que falavam de tristeza e melancolia. Eram até mais bonitas. Minha alegria não quer ser medida ou anotada...

Acho que tenho vivido momentos mais felizes. Por isso, tenho escrito menos.

Preciso encontrar uma fórmula de descrever a alegria ou ser menos biográfica.


EXERCÍCIO:

Estou contando os dias para reencontrar o meu amor. Ainda neste mês, neste mês, neste mês..

Ganhei um bonsai e estou criando um vínculo afetuoso. Ele depende de mim pra viver.

Vou ser madrinha de uma criança linda, a minha sobrinha Manú. Linda, meiga, especial, por quem tenho um imenso amor. Ela que me escolheu.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Calma, acalenta a minha fúria...

Tem dias que a paciência foge. Vai para algum lugar distante relaxar. A paciência se esgota. Não há contentamento ou compreensão que dê jeito. Instala-se o mau humor e está feito o estrago.
Só me resta escrever para que a irmã dela, a calma, me dê a sua graça. Escrevendo eu acalento uma fúria escondida, prestes a explodir como larva de um vulcão adormecido. Eu paro, sigo, respiro e recomeço.

Hoje revisitei palavras que me parecem muito antigas, mas foram ditas há um mês. Ficaram sem respostas minhas. Eu não sabia o que dizer diante do desapontamento, por que ele (o desapontamento), apesar de machucar, era tão pequeno diante do meu amor e de minhas lembranças mais caras.
Não falo de amor carnal. É de amizade. Um elo que pensei, e penso, ser eterno.

Porra, não dá para reviver coisas antigas. Pensar assim e querer isso é muito frustrante. Eu já cometi esse erro antes, mas vi que era inútil. Eu mudei, elas mudaram, não sei do cotidiano, das coisas bobas, brigas no trabalho e esse amontoado de coisas pequenas que vão tomando e enchendo a gente. Para mim, essas coisas não tem muito significado.

Com o tempo, as novidades vão ficando velhas e não adianta perguntar ou querer saber essas coisas. Eu não guardo e não aconselho que acontecimentos pequenos sejam guardados. Devemos preservar espaço na mente e na alma para coisas belas.

Sim, eu peco em esperar de volta o sentimento e a atenção que eu dedico às pessoas que amo. Vou parar com isso. O que me entristece realmente é a falta de zêlo. Hoje estou me sentindo mais sozinha. Com saudades... Uma saudade tão companheira, mas que não tem a pretensão de ser revivida.

Ano passado estive na ilha mágica (visitamos a ilha quando estamos juntas). Era outro cenário e outro nível. Foi tão bom. Não me dói conjugar o verbo no passado. Sinto que ele sempre será presente quando for possível.

Em nome dos velhos tempos:


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Fuçando na net

Hoje li um texto fantástico sobre clichês. Espia só

Muito legal mesmo.

Também encontrei o projeto da Felicidade Interna Bruta (FIB).

Hoje acordei com barulho de chuva e o dia, todo choroso e molhado, começou mais feliz.

Descobrir um novo lugar, mesmo sem sair da frente do computador, é muito bom.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O processo criativo

Sinto falta das imagens de Marialu. As fotografias captadas por ela, sempre me inspiravam a descrever sensações e sentimentos.

Sinto falta de observar as pessoas que andam de ônibus, eu escutava suas conversas que geralmente rendiam histórias do cotidiano...Às vezes a pessoa nem falava nada, mas até o silêncio e o jeito simples, ou as compras que carregava serviam de matéria prima para uma personagem.

Hoje ví uma cena bonita a caminho do trabalho. Quando parei no sinal vermelho e olhei pelo espelhinho retrovisor (meu amigo), um casal de gordinhos trocava carinhos no carro de trás... eles pareciam tão felizes. Senti falta de ter alguém ao meu lado nos sinais vermelhos da vida.

Às vezes acho minha vida meio farsante. Que adianta ter um amor se ele não está ao lado? Quando eu analiso minha situação acho isso tudo meio demodê... Mas resolver são outros 500. Sei lá, sei lá...

Estou cansando dessa vida de Internet, as coisas por aí são tão parecidas: Indignação com Sarney e o Senado, guerra da Globo X Record, corrupção, politicagem.. blablablabla...É neguinho pegando carona e repetindo discursos forjados. Eca... gente que acredita na Veja.

E o processo criativo?

Por ai, em algum lugar...

domingo, 9 de agosto de 2009

Ao pai dos meus filhos

Dos filhos que ainda não vieram. Você que apareceu em minha vida e não ficou ao meu lado, está distante, muito longe...Você que ainda é somente filho, que vive um sonho juvenil... Será que você vai ser o pai dos meus filhos?

O tempo está engolindo o plural. Logo, logo terei que dizer apenas filho ou filha. Meu bebê (que ainda não existe), me perdoe por não estar junto dele, perdoe seu pai por não estar aqui comigo, por não te dar a metade que junto com a minha metade, fará seu todo... Não é fácil deixar de ser apenas filho.

Meu bebê, não pense que sou uma mãe teimosa... Não penso em você sem a parte dele e sei que um dia você vai me agradecer por ter lhe dado uma metade tão preciosa. Sei que, apesar dele se comportar apenas como filho, ele vai ser um todo pai, desses que vai te fazer sentir protegido só por estar perto...

Meu bebê, eu também sou apenas uma filha e saiba que como filha, vivo uma angústia que me apavora e que de certa forma retarda sua vinda...

Quero tanto que você conheça meu pai, ou melhor que ele te conheça... Saiba que na maioria das vezes não podemos ter tudo, que ter coragem para abrir mão de algo é muito difícil, que ceder é uma forma de negociar aquilo que não queremos...

Ás vezes tenho medo que você não venha...

Meu bebê, saiba que eu quero muito ser sua mãe.

PS.: esse texto tinha a pretensão de ser uma homenagem aos pais... acho que se perdeu quando olhei pro meu umbigo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Espatódea



Poesia em flor
beleza de canção.

A todos os amigos, distantes e presentes...
A meus amores ternos - crianças da minha vida!
Ao meu amor-amado.

"Não sei se esse mundo é bom, mas ele ficou melhor desde que você chegou"

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Tempo de mudança

Olhei pro passado e vi a seguinte frase: "Fui atropelada pelo tempo, mas estava anestesiada e não senti quando ele passou". Essa sensação ainda é tão atual, a diferença é que não estou mais anestesiada.

O tempo passou (eu não queria repetir frase pronta)

Reler meus escritos antigos é como visitar uma amiga distante. Às vezes eu estranho algumas frases, não me reconheço, rio de algumas bobagens... Algumas vezes eu choro, porque as palavras mais sentidas trazem de volta sensações que marcaram minha vida - são reencontros, descobertas, abandonos, felicidade...

Olhar pra trás me ajuda a manter a serenidade e identidade, a sentir que fiz e vivi coisas mágicas enquanto o tempo passou... Me ajuda, sobretudo, a olhar pra frente mais confiante, mais feliz.

Estou preparada. Se o tempo de mudança estiver de fato chegando, vou repetir uma oração silenciosa - não vou me abater se ele arrasar meu chão, hei de levantar em caso de quedas, hei de correr se preciso for... Que esse tempo não corroa minhas lembranças, meus tesouros, meus amores ternos, a vontade de fazer o bem, a magia que invade minh´alma. Que as coisas boas e a delicadeza sejam conservadas.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Por pouco

Quase me perdi em palavras de adeus que não queriam ser pronunciadas. Foi por pouco... Tenho andado sozinha por aí, ouvindo as mesmas canções, seguindo pelos mesmos lugares... Quase triste, por pouco não feliz completamente.

Sábado passado foi quase perfeito! Estive em Campina Grande (sem ter saído de Mossoró). Ouvi som legal, vi uma galera alternativa, reencontrei amigos, dancei ciranda e admirei a apresentação de Cordel de Fogo Encantado (boba, muito boba com Lirinha). Até serração e frio teve no lugar... Nevoeiro em Mossoró? Sim, sim... Isso mesmo!

Falta pouco para ‘trincar’... Deixar de ser quase para me tornar uma balzaquiana. Não quero falar da tal da crise...Aliás a palavra crise me deixa irritada, não agüento mais isso em jornais, revistas, TV...Pior do que isso, só o Fantástico se auto promovendo...deve estar em crise.

Eu nem falei sobre o Michael Jackson e o Diploma de Jornalismo. Duas perdas irreparáveis. Quando coisas assim acontecem, eu me vejo no futuro contando para as pessoas que eu presenciei esse momento, tive a mesma sensação quando as torres gêmeas do World Trade Center desabaram e quando o Lula venceu a primeira eleição. Comparações toscas eu sei... É que muitas vezes eu misturo tudo.

Por pouco não perdi esse texto, mas não sei se vale muita coisa.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

...



Saudade, calor, lágrimas, dor...
Cenário: Rodoviária
Você indo embora, eu ficando...

Fase de mudanças
Inferno astral
Interromper a rotina de namoradinhos

Novamente, você indo embora...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Mayday

Já faz algum tempo que envio pedidos de socorro.
Ele não vê os sinais... E essa coisa que temos vai se perdendo, engolida por um monstro que nunca mostra sua face.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Desabafo e distância

Sonhei que era baleada... Mas o engraçado é que eu não queria acordar. Não era um sonho real, desses que apertam o peito e nos fazem acordar chorando... Era como se fosse um filme - Eu retrocedia aos momentos anteriores, como se voltasse a fita. Parecia a série Cold Case e eu era a vítima e a investigadora...

Acordei sem saber quem era o bandido. O despertador do celular tocava, eu me aninhava na cama e desejava que hoje fosse amanhã. Ai, ai... Chega outro feriado cortando o ritmo da semana. Amanhã é dia de ver filme, fazer as unhas, esfoliar a pele e fazer hidratação no cabelo(Adoro esses momentos de mulherzinha).

Passo por vitrines repletas de coração. Fico de olho nas promoções mas não me animo a comprar nada. Por motivos diversos, não gosto do Dia dos Namorados. É uma data que só serve para lembrar aos solteiros solitários que eles estão encalhados, sem falar que os namorados são pressionados a comprar um presente para seguir um ritual e nem sempre acertam na escolha - ninguém consegue vaga em restaurante, motéis ficam lotados e dá-lhe música de Djavan...

Ah, não me venha com flores... O que eu queria não há em lojas, não está no romantismo que murcha em pétalas de rosas, não está no ato e sim no fato que não acontece. Eu queria andar de mãos dadas todos os dias, ter o abraço e o beijo carinhoso que estão distantes... Eu quero ter uma rotina com momentos doces, com briguinhas de convivência e essas coisas que só o cotidiano constroem.

Pra ser sincera, estou farta de namoro a distância.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Eu amo e odeio

Alguma teoria deve explicar porque em alguns momentos nos tornamos inimigos das pessoas que amamos. Dizemos coisas para magoar, provocamos a desconfiança proclamando uma independência, que no fundo nem queremos... Bebemos, dançamos e rimos de bobagens que no dia seguinte serão esquecidas. Isso me parece tão tolo e infantil.

Sempre tive medo de mudar por causa de outra pessoa. Odeio isso. Vejo amigas que trocaram de religião, de estilo de se vestir e gosto musical por causa do namorado. Eu não quero ser assim. Ao me preservar, às vezes me vejo afastando ou indo pra longe de quem mais eu quero ficar perto. Contraditório eu sei...

Na verdade, eu posso até sair e me divertir, mas eu sempre queria ter ele juntinho. Pronto, falei! Fazer planos de uma viagem a dois me anima mais do que tentar resgatar momentos do passado em que fui feliz ao lado dos amigos. Sim, eu já não sei me divertir como antes. Será que eu envelheci? Será a tal crise dos 30 se aproximando?

Eu só sei que mudei.


Mudando de assunto:
Meus olhos zombaram por ai: lí num blog noticioso (repleto de Ctrl C e Ctrl V) que um blog bom é o que tem atualizações diárias. Como diria Quintana “Ora, bolas”! Prefiro esperar alguns dias para ler post´s da Marie, Carol e uma Cris Guerra da vida, do que ler essas asneiras diárias.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Ao volante

Nem contei minhas aventuras ao volante. Já faz um tempinho que ando por aí com meu carrinho, mas ainda não me acostumei com essa coisa de ter carro. Tenho usado frases novas pra comentar meu cotidiano e estranho quando digo: estacionei em tal canto, deixei meu carro em casa... É como se eu fosse outra pessoa e não me reconhecesse em minha própria condição de motorista.

Pois é, o mais improvável aconteceu. Eu tenho um carro! Eu o guio até meu trabalho, desvio de motocicletas doidas, sou cautelosa nos cruzamentos e estou me entendendo melhor com a sincronia de passar a primeira marcha e soltar a embreagem. Estou estancando menos e andando mais segura. Aprendi que o trânsito é muito humano e me torno uma pessoa legal por não fechar os cruzamentos, ao ser atenta e gentil com quem deseja passar. Eu não tenho pressa, pois como sou ansiosa, sempre ando antecipada para não me atrasar.

Eu sempre achei que o carro não era feito pra mim. Nunca tive tantos desejos nessa coisa de ganhar a estrada e poluir o mundo, me acostumei a ser passageira e prestar atenção nas paisagens pela janela. Ainda acho mais cômodo não ter mãos, pés e mente concentradas no trânsito, mas devo confessar que a sensação de possuir um carro é muito boa, principalmente se ele foi conquistado com seu trabalho... É uma sensação de independência, de poder ir para onde quiser...

Fora o carro, as coisas estão meio ‘estancadas’. Parece que o freio de mão está puxado e eu ando com essa sensação de que as coisas não acontecem. Estou cansada, de mal com o espelho, sem muita paciência e olhando pro retrovisor contemplo a saudade de coisas boas que vivi. Lembrar coisas boas e sentir falta só afirma que a realidade não está lá muito boa...

Ai, ai...


PS.: Você tem que voltar, fazer algo para avançar... Minha bateria está descarregando

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Pra alma sossegar

Minhas palavras silenciaram.

Deixo que a música dos outros fale por mim
Nesses dias, tenho escutado muito Beirut:



Ao amor distante:



Ao meu amigo Tuto (fiel leitor desse blog)

terça-feira, 5 de maio de 2009

O sertão vai virar mar

Com a ajuda do google descobri que a frase acima "O Sertão vai virar mar" é o título de um livro de Moacir Scliar, que faz uma leitura da obra de Euclides da Cunha, "Os Sertões".

Lembrei-me de um filme nacional ótimo, "Narradores de Javé", que fala sobre o sumiço de uma cidade engolida pelas águas de uma antiga represa. O filme é encantador, muito bonito. Por falar em filme nacional, recentemente assisti Estômago. MA-RA-VI-LHO-SO. Aconselho, o filme é sobre gastronomia, paixão e violência. Supimpa!

Voltando ao sertão que vira mar, a natureza está ao avesso. No Sul há seca e no Nordeste o povo mais humilde é castigado pelas enchentes. O que diria Mário de Andrade vendo o sertão de hoje?

terça-feira, 14 de abril de 2009

Na hora da partida

Enxuga essas lágrimas que não combinam com o seu rosto. Vai, não chora!
Você me abraça forte, até meu pescoço começar a doer, me beija salgado com gosto de choro...
Eu não queria dar tchau com (des)gosto de adeus...
O que eu quero é encurtar os caminhos e transformar a partida em chegada.
Nesses hiatos há sempre um medo trágico que foge do juízo e se abriga no peito.

Acontece que estou cansada dessas cenas...

terça-feira, 31 de março de 2009

Março se vai...

O cotidiano tem sugado minha habilidade de escrever com mais leveza. É, eu já não posto como antes... Retrato fatos, pinto em preto e branco a realidade superficial que logo será esquecida. Na maioria das vezes, o jornalismo é tão passageiro. Logo essa obra (?) vai embrulhar copos, esconder vitrines e levar o peixe do mercado...

Criar é mais emocionante e autêntico, certa vez li uma reportagem sobre a obra de Leminski, cujo autor escreveu que a linguagem não é transparente e a literatura não faz parte do comércio de espelhos. Achei lindo!

Sempre gostei de me esconder, de dizer nas entrelinhas o que as palavras camuflam e os sentimentos entregam de mão beijada e coração aberto. Deve ser por isso que as palavras dos apaixonados são mais bobas... Deliciosamente recheadas de clichês e saudades...

Março passou tão ligeiro, minha agonia se dissipou ainda mais rápido, como a chuva que se forma em dias ensolarados, alaga ruas e de repente acaba... Lá vem o sol de novo. Chega abril carregado de feriados, dias preguiçosos, acalanto de beijos prometidos e desejados.

Doce abril...

quinta-feira, 5 de março de 2009

As águas de março e o feminismo me derrubam

Essas águas que não passam...
Enxurrada de coisas ruins que eu queria ver esgotar logo.
O mês começou em agonia, apertando o peito...
Amargando injustiça e desapontamento...
A vida profissional não tem progredido e minha paciência está esgotando.

Eu sei que há pessoas cretinas em todos os ambientes, que elas vão te dar uma rasteira porque é da natureza delas serem traiçoeiras e maldosas... Eu sei disso.
Elas vão te olhar atravessado, jorrar energia negativa tendo você como alvo... São um poço inesgotável de corrupção, maledicência e falta de vergonha.

O problema é que me falta tolerância. Estou a um triz de surtar e vomitar verdades.
Vomitar verdades e ficar boa da indigestão de sapos que tenho engolido.


Cotidiano feminista

Acho o 8 de março um saco! Tanto clichê e mulher na rua gritando por melhores condições...
Era bom que isso saísse de moda, seria o ideal, assim não teríamos que repetir essas estatísticas de desigualdade e blá blá blá.
Quando esse dia perder o destaque é porque já teremos conquistado nosso lugar. As mulheres estarão ocupadas nos seus super-empregos ou estarão se alimentando culturalmente, ou curtindo algo bom... E não terão tempo pra fazer barulho na rua!!!

Pior mesmo são as piadas machistas que surgem nessa época. Cada uma mais sem graça que a outra... Bando de mané.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O primeiro trovão

Logo depois que soube que a mulher misteriosa tinha deixado esse mundo, escutei o primeiro trovão desse ano. Alto, como quem dá um carão na terra, foi assim que ele soou pelos ares. Eu estava falando com meu amor ao mesmo tempo e tive vontade de abraçá-lo. Ela, a mulher misteriosa, partiu livrando-se de muita dor. O corpo definhara e apodrecia. O homem a quem amara e dedicara sua vida, não estava a seu lado. Achei triste, mas não quis julgá-lo. A fuga é o caminho que as pessoas buscam quando a esperança acaba.

De repente soou outro trovão ainda mais forte. Voltei à minha infância, à lembrança de minha mãe desligando os aparelhos eletrônicos e cobrindo espelhos da casa com medo dos relâmpagos... e haja rezar para Santa Bárbara. Depois nos aninhava, a mim e a meus irmãos, e nos dava mingau de neston e farinha láctea. Assim, eu tomava mingau poucas vezes no ano, só mesmo em dia de chuva com trovão.

Voltei à realidade ouvindo os pingos da chuva, atraída pelo cheiro de terra molhada, o bafo quente dessa minha terra tão carente de águas do céu. Ficou um mormaço, uma coisa quente e molhada. Como diria meu avô: "Essa chuva é só para lavar as telhas".


Ps.post escrito ao som de Mrs. Robinson (com cake) e Knocking on heavens door (Bob Dylan)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Eu voltei, mas esqueci algo por lá...

De todos os retornos e despedidas, essa última volta à realidade e ao meu “mundinho” não será possível, pelo menos não completamente... Uma parte de mim ficou com ele e não falo apenas do amor romântico e essa idéia de necessitar um do outro para encontrar o riso bobo, a felicidade num beijo e no aperto de mão...

Sim, isso tudo conta muito.

Mas o que também ficou lá por São Paulo foi minha vontade de conquistar coisas novas. Uma vida nova que naturalmente terá mais alegria e prazer ao lado dele.

Eu o amo, amo muiiito e é humanamente. Sim, humanamente porque essa história de incondicionalmente é pura balela. De forma humana você enxerga e assume os erros, os defeitos e aprende a contorná-los com uma boa conversa, algumas lágrimas, explosões de raiva, palavras (mal)ditas e por fim uma reconciliação que pode ser intensa de paixão ou calma com afagos na nuca e um ombro protetor.

Sinto que passamos da fase de idealizações e de esconder um do outro o que não gostamos. Sim, me sinto pronta pra dividir e somar com ele uma nova vida. Sei que vou precisar ficar sozinha de vez em quando, porque em alguns momentos eu me basto...

Preciso dizer que prefiro a companhia da minha amiga Rita quando vou fazer compras do que a dele, pois seu desconforto me incomoda. Além disso, ela sempre me leva às lojas com descontos legais...

Preciso que ele entenda que sou antiquada para algumas coisas e não suporto a voz do GPS ditando caminhos...

Preciso que ele compreenda que dificilmente vou praticar algum esporte radical, pois não gosto de sofrer e desafiar a gravidade. Além disso, sou medrosa e tenho pensamentos trágicos...

Preciso também que ele aceite ou saia de perto quando eu estiver insuportável devido aos hormônios.

Preciso que ele evite me colocar em situações em que esses hormônios e uma dose de irritação me dominam, principalmente se eu estiver em algum local gripada, com pessoas fumando e som péssimo. Se nesse mesmo local o banheiro for fedido, a situação só tende a piorar...

Mas eu preciso muito mais dele perto de mim. Dos sorrisos bobos, do abraço matinal que me despertava a preguiça, de ficar acordada de madrugada assistindo seriados e comendo pipoca... de fazer guerras de cócegas, dos inúmeros beijos e sussurros.

Eiiii o lugar da sua mão é segurando a minha...
Preciso do seu abraço e do seu amor.

Saudades