Desatinos...

Este é o meu terceiro lar, meu refúgio... Onde juntoletras e tento traduzir sentimentos. É um lugar de saudade, pois sempre falo com uma certa dose de nostalgia, na verdade sou um pouco antiquada com ares de pós-moderna...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Calma, acalenta a minha fúria...

Tem dias que a paciência foge. Vai para algum lugar distante relaxar. A paciência se esgota. Não há contentamento ou compreensão que dê jeito. Instala-se o mau humor e está feito o estrago.
Só me resta escrever para que a irmã dela, a calma, me dê a sua graça. Escrevendo eu acalento uma fúria escondida, prestes a explodir como larva de um vulcão adormecido. Eu paro, sigo, respiro e recomeço.

Hoje revisitei palavras que me parecem muito antigas, mas foram ditas há um mês. Ficaram sem respostas minhas. Eu não sabia o que dizer diante do desapontamento, por que ele (o desapontamento), apesar de machucar, era tão pequeno diante do meu amor e de minhas lembranças mais caras.
Não falo de amor carnal. É de amizade. Um elo que pensei, e penso, ser eterno.

Porra, não dá para reviver coisas antigas. Pensar assim e querer isso é muito frustrante. Eu já cometi esse erro antes, mas vi que era inútil. Eu mudei, elas mudaram, não sei do cotidiano, das coisas bobas, brigas no trabalho e esse amontoado de coisas pequenas que vão tomando e enchendo a gente. Para mim, essas coisas não tem muito significado.

Com o tempo, as novidades vão ficando velhas e não adianta perguntar ou querer saber essas coisas. Eu não guardo e não aconselho que acontecimentos pequenos sejam guardados. Devemos preservar espaço na mente e na alma para coisas belas.

Sim, eu peco em esperar de volta o sentimento e a atenção que eu dedico às pessoas que amo. Vou parar com isso. O que me entristece realmente é a falta de zêlo. Hoje estou me sentindo mais sozinha. Com saudades... Uma saudade tão companheira, mas que não tem a pretensão de ser revivida.

Ano passado estive na ilha mágica (visitamos a ilha quando estamos juntas). Era outro cenário e outro nível. Foi tão bom. Não me dói conjugar o verbo no passado. Sinto que ele sempre será presente quando for possível.

Em nome dos velhos tempos:


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Fuçando na net

Hoje li um texto fantástico sobre clichês. Espia só

Muito legal mesmo.

Também encontrei o projeto da Felicidade Interna Bruta (FIB).

Hoje acordei com barulho de chuva e o dia, todo choroso e molhado, começou mais feliz.

Descobrir um novo lugar, mesmo sem sair da frente do computador, é muito bom.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O processo criativo

Sinto falta das imagens de Marialu. As fotografias captadas por ela, sempre me inspiravam a descrever sensações e sentimentos.

Sinto falta de observar as pessoas que andam de ônibus, eu escutava suas conversas que geralmente rendiam histórias do cotidiano...Às vezes a pessoa nem falava nada, mas até o silêncio e o jeito simples, ou as compras que carregava serviam de matéria prima para uma personagem.

Hoje ví uma cena bonita a caminho do trabalho. Quando parei no sinal vermelho e olhei pelo espelhinho retrovisor (meu amigo), um casal de gordinhos trocava carinhos no carro de trás... eles pareciam tão felizes. Senti falta de ter alguém ao meu lado nos sinais vermelhos da vida.

Às vezes acho minha vida meio farsante. Que adianta ter um amor se ele não está ao lado? Quando eu analiso minha situação acho isso tudo meio demodê... Mas resolver são outros 500. Sei lá, sei lá...

Estou cansando dessa vida de Internet, as coisas por aí são tão parecidas: Indignação com Sarney e o Senado, guerra da Globo X Record, corrupção, politicagem.. blablablabla...É neguinho pegando carona e repetindo discursos forjados. Eca... gente que acredita na Veja.

E o processo criativo?

Por ai, em algum lugar...

domingo, 9 de agosto de 2009

Ao pai dos meus filhos

Dos filhos que ainda não vieram. Você que apareceu em minha vida e não ficou ao meu lado, está distante, muito longe...Você que ainda é somente filho, que vive um sonho juvenil... Será que você vai ser o pai dos meus filhos?

O tempo está engolindo o plural. Logo, logo terei que dizer apenas filho ou filha. Meu bebê (que ainda não existe), me perdoe por não estar junto dele, perdoe seu pai por não estar aqui comigo, por não te dar a metade que junto com a minha metade, fará seu todo... Não é fácil deixar de ser apenas filho.

Meu bebê, não pense que sou uma mãe teimosa... Não penso em você sem a parte dele e sei que um dia você vai me agradecer por ter lhe dado uma metade tão preciosa. Sei que, apesar dele se comportar apenas como filho, ele vai ser um todo pai, desses que vai te fazer sentir protegido só por estar perto...

Meu bebê, eu também sou apenas uma filha e saiba que como filha, vivo uma angústia que me apavora e que de certa forma retarda sua vinda...

Quero tanto que você conheça meu pai, ou melhor que ele te conheça... Saiba que na maioria das vezes não podemos ter tudo, que ter coragem para abrir mão de algo é muito difícil, que ceder é uma forma de negociar aquilo que não queremos...

Ás vezes tenho medo que você não venha...

Meu bebê, saiba que eu quero muito ser sua mãe.

PS.: esse texto tinha a pretensão de ser uma homenagem aos pais... acho que se perdeu quando olhei pro meu umbigo.