Desatinos...

Este é o meu terceiro lar, meu refúgio... Onde juntoletras e tento traduzir sentimentos. É um lugar de saudade, pois sempre falo com uma certa dose de nostalgia, na verdade sou um pouco antiquada com ares de pós-moderna...

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Esquecida

Se esforçar para completar uma tarefa, reler o mesmo parágrafo uma, duas, três vezes... começar de novo e na metade não saber o que dizer.
 Demorar, perder o foco, perder o sono, não conseguir atender uma ligação...
Não sair daquela cadeira... a mente perdia-se, vagava no escuro.
Angústia, sorriso disfarçado, gosto amargo na boca, lágrima presa...
Uma tristeza seca nos olhos que reprimiam a dor.
Decepção.
Sentir-se desperdiçada.
Insultada
Mal amada
Simplesmente esquecida

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Para ele

Tua escova de dentes está ao lado da minha e toda manhã me faz lembrar que ela não é tocada... Dia desses deixei a tampa do creme dental aberta e ficou daquele jeito que você odeia... Não coloco mais a chave do carro no lugar de sempre e tenho me atrasado na hora de sair porque não a encontro. Sem você por perto eu não tenho ordem. Uso várias toalhas ao mesmo tempo, entupo o ralo com meu cabelo, perco a hora, perco o sono, não consigo vaga para estacionar... Agora estou no seu lado da cama e dei pra dormir na transversal, tento ocupar todo o espaço... mas você sabe que sou pequena e a cama continua grande. Depois de escrever isso-pouco que parece tanto (para mim), vejo que desandei, não abri sequer um parágrafo e não comecei a dizer o que realmente eu planejei no início. Mesmo assim não apago.

Eu poderia ligar (ainda o farei), mas me apavora o medo de perder o assunto e não gosto da sensação que vem logo assim que você desliga - é quando acho que não ouvi o que queria ou não disse o que era pra ter dito. Enfim, ando cismada com telefone. Acho superficial.

Eu só queria lhe dar os parabéns pelo seu aniversário. Queria poder lhe abraçar, beijar, dançar let it be (imaginário) e por um dia não iria  implicar com o jeito que você pilota, nem com o exagero com a cerveja, nem com outras coisas que eu implico sempre... Eu queria lhe abraçar de novo e sentir por alguns segundos que o amor basta, num extremo e puro ato de fé, que ele (o amor) basta, só isso... Você definitivamente não é o mesmo homem que me fez começar a escrever há quase 10 anos, você é bem mais do que eu imaginava, em todos os sentidos. E é por isso e por tantas outras coisas que eu te amo.

Parabéns!  Parabéns por ser do jeito que você é: amoroso com a família, leal com os amigos, obstinado com os projetos, brincalhão, destemido, protetor e verdadeiro.

Parabéns e não esqueça de querer voltar.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Voltando

Procurei os sinais pela casa. Algum bilhete, um recado, fotografia...
Algo que acalentasse a ausência, o rompimento da rotina dando a vez à saudade.
Tinha juntado apenas o lixo na porta de casa.

Um amor feito de ausência pode perder-se na constância?