Desatinos...

Este é o meu terceiro lar, meu refúgio... Onde juntoletras e tento traduzir sentimentos. É um lugar de saudade, pois sempre falo com uma certa dose de nostalgia, na verdade sou um pouco antiquada com ares de pós-moderna...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Meu amor e Eu te amo

Os “Eu te amo” estão gastos. Usados em demasia por qualquer motivo, às vezes sem amor, o “meu amor” virou um adjetivo comum, dito sem cerimônia, sem emoção: “amor, coloca o lixo lá fora!”, “amor, você viu como o preço da carne está caro?”. 
Pior é quando um desconhecido forçando simpatia diz: “Meu amor, você quer falar com quem?”. Falar de amor sem palavras requer muita intimidade e pouca cobrança. Há outras formas de dizer “Eu te amo”... são sutis e verdadeiros, embora nem todos consigam entendê-los. O amor pode escorrer em sua face, no formato de lágrimas soltas nas despedidas; pode surgir despretensiosamente no sorriso sincero, no afago na nuca, em estar ao lado por querer estar perto...numa conversa prazerosa, em olhar a chuva, um arrepio na pele.


O amor nem precisa de muitos predicados para ser honesto, puro e verdadeiro.
Cala e escuta.
Há vida e amor de várias formas.
Escute, olhe e sinta.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Desconforto

Grãos de areia no olho, a aflição de uma dor de dente, o mais apertado dos sutians...

Penso em formas de desconforto para tentar comparar com o que sinto...Não há nada físico me incomodando... O que existe latejando é um desconforto no pensamento, no que sinto [algo machucado, que sangra invisivelmente].

São os primeiros dias de janeiro, de um novo ano, de uma década que se inicia. Tempo de recomeço, planos prontos para semeaream uma nova realidade. Não deveria haver esse desconforto. Esse cisco (inexistente) no olho, esse aperto no peito, palavras engasgadas, o salgado das lágrimas... Isso tudo que parece não ser nada para os outros.
Enxergar a dor alheia requer generosidade e atenção. Consideração também.
Estar perto não significa literalmente estar junto

[Fica a sensação desconfortável que esse post não teve fim]

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

As crianças não sabem perder


Dizem que a competição ensina. Mas quem ensina a criança a lidar com o lado menos legal da brincadeira? [Lição 1: Frustração]. "O importante é competir". Quantas vezes ouvi isso... um consolo à minha falta de jeito com os esportes e disputas de todos os gêneros. Até quando me apaixonei pela primeira vez aos 11 anos e minha melhor amiga também, pelo mesmo menino... Ele tinha cara de Paul do seriado Anos Incríveis. Parecia leso, mas eu gostava dele. Abri mão, fiquei sem falar com ele, e daí que os dois nunca namoraram. Mas isso ficou no passado e muito bem resolvido.

Olho minha sobrinha Manú, aos 7 anos e enxergo nela traços tão parecidos com os meus, principalmente a falta de habilidades. Não sabe dançar direito, corre engraçado, tomba e quebra coisas, desistiu do balé na primeira semana... Manu é boa em virar a página das revistas e livros infantis. Mas ela também é competitiva (do jeito amoroso dela).
 - Nunca, absolutamente nunca, ela fica devendo um beijo. 
Regra de Manú é a seguinte: o último beijo é sempre ela que dá. Dia desses quase derruba a freira do colégio em que estuda, que lhe deu um beijo e não esperou que ela devolvesse. Manú agarrou no pescoço da freira e quase a coloca no chão. - Ela tinha que dar o bendito beijo. 
Já Clara, 8 anos, é diferente. Não consegue digerir a derrota. É intensa e direta. O engraçado é que ela e Manú, apesar de tão diferentes, são inseparáveis. Manú sempre leal a Clara que tem um certo domínio pela mais nova.

Dia desses meu namorado não soube compreender minhas indiretas e arrasou comigo e as meninas num jogo de damas pela web. Fiquei triste com a cara das meninas murchando, decepcionadas com a derrota. Dizem que adulto tem que ensinar as crianças a saberem a perder. Pôxa vida, às vezes acho que não cresci porque não sei dar valor a esse lance de competir. Conquistar é melhor. Acho chato perder, abrir mão... eu olho pra elas e digo: - Ele foi melhor que a gente mesmo. Elas não compreendem. Eu digo que é só uma brincadeira. Manu faz que entende e logo vem me beijar... 
...Já Clara diz: 
- Eu vou me vingar dele.

(Aguenta neguinho!)


 



terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Praticamente uma idosa...

Hoje anoiteceu às 5 horas da tarde. Chuva que ameaça desabar o céu enegrecido...Aqui na redação eu nem saberia. Mas meu joelho denunciou. Alguém disse: - Que barulho é esse?
Respondi na bucha: É chuva, gente!
Era chuva sim. É que eu sou uma idosa. Meu joelho sempre dói quando fica mais frio, então, logicamente o tempo muda e lá vem chuva. Minha sorte é morar em Mossoró, filial do quinto dos infernos em matéria de calor.

Pois é, eu sou uma idosa... Qualquer atividade que exija um pouco de esforço físico torna-se uma aventura para mim. Não adianta forçar a barra. Eu não tenho jeito. Qualquer queda e descida do salto (médio) pode virar uma luxação. O problema amigos, é que além de idosa, eu sou estabanada, tonta e distraída.
Agora estou procurando uma atividade física mais apropriada à minha condição. Não dá outra.. Tem que ser Hidroginástica.

Vou procurar a minha Tchurma...