Sempre gostei de observar desconhecidos, o comportamento, atitudes, sorrisos e esquisitices...
Eram quase 14h, eu estava chegando ao trabalho. Na calçada, uma senhora de meia idade fez um gesto de carinho em uma miniatura de gente que parecia ser sua filha... Uma alegria tão verdadeira naquele início de tarde.
Ela despejou um filete de água mineral gelada na cabeça da menina. A criança se contorcia com o alívio que aquela água gerava em seu corpinho, prazer tão bonito refrescando o calor daquele dia. Seu sorriso era gostosamente escandaloso, vivo, verdadeiro... Lembrei dos pequenos prazeres de Amelie Poulain.
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Fevereiro começou com alegria. Olhos abertos para enxergar a beleza. Meu colega de trabalho diz " Iuska, Murphy saiu de sua vida!", eu começo a acreditar nisso e lá no fundo do meu coração sossegado e feliz, eu não sinto a menor falta do Murphy.