O cotidiano tem sugado minha habilidade de escrever com mais leveza. É, eu já não posto como antes... Retrato fatos, pinto em preto e branco a realidade superficial que logo será esquecida. Na maioria das vezes, o jornalismo é tão passageiro. Logo essa obra (?) vai embrulhar copos, esconder vitrines e levar o peixe do mercado...
Criar é mais emocionante e autêntico, certa vez li uma reportagem sobre a obra de Leminski, cujo autor escreveu que a linguagem não é transparente e a literatura não faz parte do comércio de espelhos. Achei lindo!
Sempre gostei de me esconder, de dizer nas entrelinhas o que as palavras camuflam e os sentimentos entregam de mão beijada e coração aberto. Deve ser por isso que as palavras dos apaixonados são mais bobas... Deliciosamente recheadas de clichês e saudades...
Março passou tão ligeiro, minha agonia se dissipou ainda mais rápido, como a chuva que se forma em dias ensolarados, alaga ruas e de repente acaba... Lá vem o sol de novo. Chega abril carregado de feriados, dias preguiçosos, acalanto de beijos prometidos e desejados.
Doce abril...
Um comentário:
você me faz pensar no tempo de um jeito diferente... abril umas mil possibilidades em minha mente. já sou tio sabia, engraçado que foi em no primeiro dia desse mes.
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