Já passa de uma hora da madrugada. É sábado, ao contrário da música não esperei muita coisa de hoje. Estou sozinha, ou melhor, quase sozinha... Tenho tantos pensamentos, planos inconfessáveis, uma pequena irritação e uma dor que não vai embora. Não, não é dor física.
Hoje eu fui ao supermercado e senti uma inquietação estranha, andava sem notar nada, apertava as mãos uma contra a outra, como se quisesse sentir que estava ali de verdade.Viva. Senti vontade de tirar um produto debaixo daquelas pilhas imensas só pra ver o tamanho do barulho... (não, não fiz isso). Hoje, eu parei e olhei as pessoas. Me acalmou pensar como era a vida dos estranhos, tantas mulheres com filhos de colo, algumas passam nitidamente a impressão de desconforto e impaciência...
Não sei lidar com as palavras que calam. Fico tensa, como se elas estivessem prestes a explodir. As palavras que ficam muito tempo guardadas têm o 'poder'.
Hoje parei de ver um filme na metade - A festa da menina morta. Há muitas cenas desconexas de animais, ainda não entendi a intenção do diretor, mas escutar demoradamente o som de um porco sendo sacrificado é algo extremamente angustiante.Talvez não esteja com 'espírito' para ver isso.
Hoje eu chorei ouvindo uma música. Não vou dizer qual foi. Tenho meus segredos.
Amanhã já é domingo.
Uma páscoa doce, para os outros.
2 comentários:
é uma palavra tipo um vermezinho dentro da péle? Acho que sei coé... Senti falta desses pinguinhos no fim daquele paragrafo...
Mas falando em filme e espírito, "dançando no escuro"...
sinto muito.
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