Desatinos...

Este é o meu terceiro lar, meu refúgio... Onde juntoletras e tento traduzir sentimentos. É um lugar de saudade, pois sempre falo com uma certa dose de nostalgia, na verdade sou um pouco antiquada com ares de pós-moderna...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Acelerando e tropeçando

Para o jornalista o amanhã é sempre hoje. O que passou serve só de arquivo e o que está acontecendo agora logo vai envelhecer... conjugar o verbo no passado deixa o texto fraco. E é assim que vivemos, atropelando os dias e tropeçando na língua também...

Se tem uma coisa que jornalista gosta de fazer é adiantar as coisas, "vou deixar o texto pronto, porque fulano vai falar isso, isso e isso", pensam que isso é competência, experiência e 'esperteza'. Eles sabem o que fulano vai dizer porque fazem as mesmas perguntas idiotas de sempre: "qual sua avaliação sobre isso? E as metas? Quais os critérios e prioridades?"... Estou cansada disso!

Eu nunca faço idéia do que vou perguntar para um entrevistado... Claro que eu procuro saber o motivo de uma entrevista né! Geralmente as perguntas posteriores vão surgindo de algo que eles deixam escapar. Chamamos isso de 'gancho'. Assumo os riscos e às vezes dá certo. A coisa toda fica mais espontânea e dependendo do resultado, surge até uma relação de fidelidade com a fonte.

Eu tenho um orgulho nesses cinco anos de redação: nunca fui processada! Também não abaixo a cabeça para entrevistados idiotas que só porque têm mai$ algum no bolso, agem como se os repórteres fossem seus empregados... Como diria Quintana, Ora Bolas!!!

Eu acho que estou cansando do jornalismo. Será que o verbo vai virar presente?

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