Desatinos...

Este é o meu terceiro lar, meu refúgio... Onde juntoletras e tento traduzir sentimentos. É um lugar de saudade, pois sempre falo com uma certa dose de nostalgia, na verdade sou um pouco antiquada com ares de pós-moderna...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sem caprichos

Tenho ficado presa ao capricho. Possuo uma coleção de recortes de textos inacabados, esses (quase)textos nunca são tão bons ao serem relidos... Sou bastante criteriosa com as palavras, pois o que tá escrito nunca morre [mesmo que eu acione o delete ou backspace]. Se alguém leu e gravou, eis que o texto vive na imaginação de alguém, especialmente na minha...

Por isso, hoje resolvi deixar o capricho um pouco de lado. Escrevo direto no blog.

Ontem assisti o episódio "Private Lives", o mais recente da sexta temporada de House, que fala sobre a misteriosa doença de uma blogueira, que compartilha com estranhos sua vida pessoal - expõe as dores, as dificuldades do relacionamento com o marido e sua incapacidade de tomar atitudes sem a aprovação de seus leitores.
A internet faz isso, nos aproxima de estranhos e torna os que estão próximos, distantes. Toda vez que encontro alguém com quem eu falo pelo Twitter, por exemplo, e essa pessoa não me cumprimenta, eu chego e digo: "Oi, sou Iuska. Você é meu amigo no Twitter". Noto um certo desconforto de algumas pessoas, mas mesmo assim eu continuo tentando. Acho estranhíssimo cumprimentar pela internet e ignorar pessoalmente. Bizarro.

Além desse "afastamento" do mundo real, o episódio me trouxe outra reflexão: já faz algum tempo que não consigo compartilhar o sentir, e eu sinto muito... É sempre mais fácil traduzir os sentimentos através de filmes, como no post anterior. Será uma fuga? Ou auto-preservação?

Um comentário:

Tuto... disse...

"já faz algum tempo que não consigo compartilhar o sentir, e eu sinto muito..." é uma ambiguidade linda...
acho que sempre diz o que dever ser escrito... adoro house, ele é o cara perfeito com os defeitos mais bizarros, ele sim é o super homem, mas há muito não vejo nada além do trampo... quando pensava em parar de escrever era pra me preservar, mas só precisava ouvir um não e estava resolvido, não se preserva aquilo que não está escrito... Hoje passamos Narradores de javé (fico tambem impregnado do que vejo) e ontem Ziraldo me lembrou de quando menino e tudo era tão melhor, é preciso ter olhos de criança pra poder ver algumas coisas, fugir também é bom... ficou meio confuso o comentário? bem, no mais sorte e escreva sempre que tenho certeza vc faz bem isso...